O governo argentino divulgou na noite de sexta a quinta medida em 48 horas para tentar atenuar a crise cambial que faz com que o Banco Central realize intervenções diárias para impedir que a cotação do dólar suba. Segundo informou a Telam, agência governamental, todas as aquisições no mercado cambial a partir desta segunda-feira serão monitoradas em tempo real pelo órgão responsável pela receita, a Administração Federal de Ingressos Públicos (AFIP), que poderá autorizar ou negar cada transação. Segundo declaração do vice-presidente eleito e ministro da Economia, Amado Boudou, o comprador de divisas passará a ser "automaticamente auditado", mas "isso não modifica os montantes autorizados". Na Argentina, a pessoa física ou jurídica para fins de investimento pode adquirir até US$ 2 milhões por mês. É legal realizar transações imobiliárias em dólar e existe a possibilidade de manter contas correntes e aplicações na moeda americana. "Esta medida não tem nada a ver com controle de câmbio", disse Boudou. Segundo disse o ministro para a agência governamental, após a identificação do comprador, a casa de câmbio pedirá autorização automática para a AFIP para aprovar ou não a transação. Boudou garantiu que a AFIP terá condições de verificar imediatamente se o comprador tem ou não capacidade patrimonial e de renda para realizar a transação. As reservas cambiais da Argentina desceram do patamar de US$ 52 bilhões no início do ano para um nível próximo a US$ 47 bilhões nos últimos dias. O dólar é a principal âncora que o governo dispõe para impedir que dispare no País a inflação, que oscila entre 20% e 25% ao ano segundo avaliações extra-oficiais. Desde 2007 o dado oficial é manipulado e deixou de ser uma referência. A contenção da moeda americana, que valorizou apenas 7% ao longo de 2011, fez com que os custos subissem acima de dois dígitos em dólares, o que retirou a competitividade do País e alimentou expectativas de uma desvalorização. Após a sua reeleição no último dia 23, a presidente Cristina Kirchner sucessivamente obrigou mineradoras e produtoras de óleo e gás a trazerem para o mercado doméstico o montante de suas exportações, forçou a repatriação das aplicações no exterior das operadoras e criou novas exigências de registro para compras acima de US$ 250 mil. Info: http://www.valor.com.br/
O governo argentino divulgou na noite de sexta a quinta medida em 48 horas para tentar atenuar a crise cambial que faz com que o Banco Central realize intervenções diárias para impedir que a cotação do dólar suba. Segundo informou a Telam, agência governamental, todas as aquisições no mercado cambial a partir desta segunda-feira serão monitoradas em tempo real pelo órgão responsável pela receita, a Administração Federal de Ingressos Públicos (AFIP), que poderá autorizar ou negar cada transação.
Segundo declaração do vice-presidente eleito e ministro da Economia, Amado Boudou, o comprador de divisas passará a ser "automaticamente auditado", mas "isso não modifica os montantes autorizados". Na Argentina, a pessoa física ou jurídica para fins de investimento pode adquirir até US$ 2 milhões por mês. É legal realizar transações imobiliárias em dólar e existe a possibilidade de manter contas correntes e aplicações na moeda americana.
"Esta medida não tem nada a ver com controle de câmbio", disse Boudou. Segundo disse o ministro para a agência governamental, após a identificação do comprador, a casa de câmbio pedirá autorização automática para a AFIP para aprovar ou não a transação. Boudou garantiu que a AFIP terá condições de verificar imediatamente se o comprador tem ou não capacidade patrimonial e de renda para realizar a transação.
As reservas cambiais da Argentina desceram do patamar de US$ 52 bilhões no início do ano para um nível próximo a US$ 47 bilhões nos últimos dias. O dólar é a principal âncora que o governo dispõe para impedir que dispare no País a inflação, que oscila entre 20% e 25% ao ano segundo avaliações extra-oficiais. Desde 2007 o dado oficial é manipulado e deixou de ser uma referência.
A contenção da moeda americana, que valorizou apenas 7% ao longo de 2011, fez com que os custos subissem acima de dois dígitos em dólares, o que retirou a competitividade do País e alimentou expectativas de uma desvalorização.
Após a sua reeleição no último dia 23, a presidente Cristina Kirchner sucessivamente obrigou mineradoras e produtoras de óleo e gás a trazerem para o mercado doméstico o montante de suas exportações, forçou a repatriação das aplicações no exterior das operadoras e criou novas exigências de registro para compras acima de US$ 250 mil.
Info: http://www.valor.com.br/